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Amistoso sela irmandade entre Brasil e Haiti no encerramento da III Semana do Migrante

No encerramento da III Semana do Migrante, futebol, cultura e reconhecimento marcaram o amistoso entre Brasil e Haiti, celebrado como símbolo de união, gratidão e esperança.

No domingo, 29 de junho, um dos dias mais frios do ano em Toledo (PR), o calor da amizade entre povos aqueceu o campo e os corações durante o amistoso de futebol entre Brasil e Haiti, que marcou o encerramento da III Semana do Migrante. Em campo, o time brasileiro CELTIC enfrentou a equipe haitiana, conquistando a vitória por 2 a 1. Mas quem venceu, de fato, foi a irmandade entre duas nações unidas pelo esporte, pela história e pelo sonho de um futuro melhor.

Organizado pela vice-presidente da Embaixada Solidária e diretora de Esportes e Lazer, Ana Verginia, o jogo foi precedido por um gesto que simbolizou o espírito do evento: Ana e o jogador brasileiro Mayke Herik pintaram as linhas do campo minutos antes da partida. Um ato simples, mas que expressou empenho, carinho e comprometimento com a celebração.

A Embaixada Solidária aproveitou o momento para anunciar uma nova conquista: a compra dos uniformes para o time haitiano, que agora carrega o nome da instituição em suas partidas. Um gesto que vai além do material esportivo — é o reconhecimento e o incentivo a um grupo que representa esperança, pertencimento e integração.

Durante o evento, dois apoiadores históricos da Embaixada foram homenageados e declarados Embaixadores da Causa: o empresário Rainer Zielasko e a escritora e palestrante Fabiana Zielasko. A empresa da família, a Fiasul, emprega 33% de migrantes e refugiados em seu quadro funcional, demonstrando, na prática, o compromisso com a inclusão e a dignidade humana. Fabiana Zielasko também foi responsável por uma das maiores doações já recebidas pela Embaixada: quase R$ 100 mil reais para a compra de uma van, utilizada hoje para transportar migrantes, refugiados e doações.

A fundadora da Embaixada Solidária, Edna Nunes, fez um discurso emocionado de agradecimento, lembrando que a entidade nasceu pequena e frágil, e encontrou força em parcerias como essa. “A gratidão se faz em gestos, não apenas em palavras. Por isso, hoje declaramos que vocês fazem parte da nossa história.”

O diretor jurídico da Embaixada, o advogado haitiano Pierre Erick-Bruny, também celebrou a amizade entre os povos e destacou que Brasil e Haiti têm suas histórias entrelaçadas em cada recomeço.

O diretor da Liga de Futebol Amador de Toledo, Guiomar Horn, emocionou-se ao fazer o convite oficial para que o time haitiano participe do campeonato municipal de 2026. Uma demonstração clara de que o esporte pode, sim, ser um caminho para a inclusão.

O atleta Luiz Carlos Rucks, comovido, declarou que o momento foi “inexplicável”. Robson José Kist, presidente do CELTIC, agradeceu à Embaixada Solidária pelo evento e à Secretaria de Esportes e Lazer de Toledo pela cessão do campo.

A arbitragem, composta por Wagner Renan Santana, Claudinei Teleken e Guiomar Horn, teve trabalho para acompanhar a energia dos atletas, que enfrentaram o frio com coragem e alegria.

Antes do jogo, a arte haitiana deu o tom com uma apresentação emocionante das dançarinas Iscardely Nicolas e Emily Nicolas. Seus movimentos expressaram a força ancestral de um povo que, mesmo longe de casa, segue celebrando suas raízes.

Com esse amistoso, a III Semana do Migrante se despediu do calendário, mas deixou escrita, nos campos e nos corações, uma marca de união, esperança e futuro compartilhado.

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