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Rockmillys Basante Palomo é eleita presidente do CERMA: primeira mulher migrante a liderar o Conselho Estadual de Direitos de Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná

Venezuelana refugiada que vive em Curitiba assume papel de liderança e reforça o protagonismo de migrantes e refugiados na formulação de políticas públicas

Em uma reunião histórica realizada em 24 de julho de 2025, a migrante venezuelana Rockmillys Basante Palomo, de 47 anos, foi eleita presidente do Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná (CERMA-PR). A eleição ocorreu durante a primeira reunião ordinária da nova gestão do colegiado, que havia sido empossada oficialmente no dia 22 de julho, em Curitiba.

Rockmillys tornou-se a primeira mulher migrante a ocupar a presidência do órgão, consolidando um passo importante rumo à representatividade efetiva de pessoas migrantes e refugiadas em espaços de decisão. Refugiada no Brasil desde 2018, ela conhece de perto os desafios do deslocamento forçado e tem se dedicado ao acolhimento de quem, assim como ela, precisou deixar o país de origem em busca de segurança e dignidade.

Voluntária e dedicada à causa migratória, ela une a sua experiência à resiliência de quem já precisou recomeçar. Sua atuação é marcada pela escuta sensível, pelo compromisso com os direitos humanos e pelo esforço constante em criar caminhos para a inclusão.

Rockmillys é presidente da OSC Ação Social Hermandad Sin Fronteras, com sede em Curitiba. A organização atua em rede no Paraná, em diversas regiões do Brasil e também em articulações internacionais. Sob sua liderança, promove ações de acolhimento, capacitação e apoio a migrantes e refugiados de diversas nacionalidades. Ela também atua como coordenadora nacional da Coalición pela Venezuela e é reconhecida como uma das lideranças da Diáspora Venezuelana na América Latina e no Caribe.

Sua eleição à presidência do CERMA fortalece a agenda de inclusão e reafirma a necessidade de que pessoas migrantes participem ativamente da formulação das políticas públicas que as afetam. O conselho, vinculado à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, é responsável por propor diretrizes e acompanhar ações voltadas à garantia de direitos para migrantes, refugiados e apátridas no Paraná.

A nova presidente também agradeceu a confiança depositada pelos conselheiros e conselheiras, destacando o espírito democrático e colaborativo que marcou a eleição. Reconhecendo a importância da diversidade de trajetórias e perspectivas presentes no conselho, ela reafirmou o compromisso com uma gestão participativa e aberta ao diálogo.

Rockmillys também fez questão de reconhecer o comprometimento dos conselheiros brasileiros que integram o CERMA, ressaltando que a luta pelos direitos de migrantes, refugiados e apátridas é uma responsabilidade coletiva. A presença ativa de cidadãos brasileiros engajados nessa causa fortalece a construção de um Paraná mais justo, plural e solidário.

Com respeito e gratidão, também foi feito o reconhecimento à valiosa contribuição dos(as) presidentes que estiveram à frente do CERMA desde sua criação. Suas gestões pavimentaram caminhos importantes, fortaleceram a institucionalidade do conselho e abriram espaço para que novas vozes pudessem emergir. Agora, com a eleição de Rockmillys, inicia-se um novo tempo: o tempo da representatividade direta, da escuta sensível e da valorização da experiência vivida como ferramenta de transformação.

A cidade de Curitiba, conhecida por sua história marcada por diferentes ondas migratórias, tem sido um dos principais destinos para pessoas refugiadas da Venezuela. Apesar do acolhimento da sociedade civil e de ações institucionais, ainda há desafios como o preconceito, o desemprego e a dificuldade de acesso a direitos básicos. A atuação do CERMA, sob a liderança de Rockmillys, deverá fortalecer o diálogo entre poder público e a sociedade civil organizada, buscando respostas mais eficazes para essa realidade.

A voz da líder comunitária encontrou apoio na capital, mas também no interior do estado. Entidades independentes como a Embaixada Solidária, que é referência em acolhimento e trabalho humanitário no interior do Paraná, apoiaram a candidatura e comemoraram a vitória da jovem professora venezuelana que encontrou uma maneira sensível e corajosa de mudar o mundo. O reconhecimento à sua liderança ultrapassa os limites da representação e se torna símbolo de uma luta compartilhada.

Com esse novo capítulo, o Conselho passa a contar com uma liderança que carrega, além da experiência institucional, a vivência direta de quem precisou recomeçar a vida em outro país. A eleição de Rockmillys marca um avanço concreto na construção de políticas públicas com participação real de quem é diretamente impactado por elas.

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📌 Fonte: Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná – CERMA-PR
📍 Curitiba, julho de 2025

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