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Tecendo futuros: projeto de costura da Embaixada Solidária fortalece autonomia e acolhimento

Com mais de 200 formandos por ano, o projeto “O Mundo em Retalhos” é referência na formação de costureiras e costureiros na região e integrou a III Semana do Migrante com a Oficina Criativa de Turbantes, resgatando a ancestralidade e promovendo dignidade.

A costura é mais do que um ofício. Para centenas de migrantes, refugiados e brasileiras atendidas pela Embaixada Solidária, ela representa também liberdade, reconstrução e pertencimento. Através do projeto “O Mundo em Retalhos”, que desde os primeiros anos da instituição forma gratuitamente mais de 200 pessoas por ano, a arte de costurar se transforma em ferramenta concreta de transformação social.

Durante a III Semana do Migrante, uma das ações mais simbólicas aconteceu dentro da sala de costura da Embaixada: a Oficina Criativa de Turbantes, ministrada pela voluntária e cabeleireira Gi Oliveira, especialista em cabelos afro há mais de três décadas. A atividade destacou a ancestralidade, a identidade cultural e a estética negra como elementos de valorização, autoestima e pertencimento.

A sala onde a oficina foi realizada é o coração do projeto “O Mundo em Retalhos”, que desde 2014 acolhe mulheres e homens em situação de vulnerabilidade, oferecendo qualificação profissional e estímulo ao empreendedorismo. Parcerias importantes já contribuíram com o projeto, entre elas a Fiasul, Itaipu Binacional, a CNBB e diversas cooperativas da Região Oeste.

Ao longo dos anos, o projeto se tornou um espaço seguro e acolhedor para quem busca uma nova oportunidade. Cada peça costurada carrega histórias, afetos e superações. Mais do que ensinar técnicas de corte e costura, o “O Mundo em Retalhos” constrói pertencimento, ampliando os horizontes de pessoas que muitas vezes chegaram a Toledo sem conhecer a língua, os costumes ou os caminhos para recomeçar.

A Oficina Criativa de Turbantes, realizada como parte da programação cultural da III Semana do Migrante, foi um desdobramento direto dessa proposta. Mulheres de diferentes nacionalidades participaram da atividade, onde puderam aprender a confeccionar e amarrar turbantes com significado ancestral. A prática também se mostrou terapêutica, promovendo momentos de escuta, diálogo e celebração coletiva.

A Embaixada Solidária, que desde sua fundação já atendeu mais de 30 mil pessoas, segue sendo referência regional em acolhimento humanitário. Todos os projetos desenvolvidos são ofertados de forma gratuita à comunidade e à rede pública, com atuação em áreas como educação, cultura, alimentação, apoio jurídico e saúde.

A III Semana do Migrante foi realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital de Chamamento Público nº 024/2024, lançado pela Prefeitura de Toledo. A iniciativa contemplou dezenas de atividades, reafirmando o compromisso da Embaixada com a inclusão, a dignidade e a valorização das culturas presentes em Toledo, onde vivem migrantes de mais de 40 países.

A sala do projeto “O Mundo em Retalhos” acolheu a oficina de turbantes, onde costura, cultura e ancestralidade se entrelaçaram em laços de pertencimento.

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